terça-feira, 19 de outubro de 2010

“Quando passo a gostar de ‘fulano’, a princípio porque ele acontece estar ali, começo então a ver que “existe algo de bom nele” no final de contas.


Pelo fato de ter muitos amigos não provo possuir uma ampla apreciação da excelência humana. Você poderia igualmente dizer que provo a amplitude de meu gosto literário por gostar de todos os livros de minha biblioteca. A resposta é a mesma em ambos os casos:
“Você escolheu esses livros. Você escolheu esses amigos(amores).
É natural que lhe agradem.”C.S. Lewis.


Bem, na verdade eu não costumava ser notada. Geralmente eu me sentia no dever de me preocupar e cuidar das pessoas não pelo que elas significavam pra mim, mas pelo que eu queria significar pra elas; Não pela importância que elas tinham em meu coração, mas pela importância que eu gostaria de ter nos corações delas! Com o tempo fui conhecendo pessoas tão espetaculares, mas que com o tempo pra mim já não eram suficientes, eu fui começando a entender que essas pessoas se preocupavam com muitas outras pessoas e às vezes isso as retiravam de mim por alguns momentos. Com o tempo, minhas brincadeiras e piadas sem graça eram motivo para gargalhadas irônicas, meu jeito de ser já não chamava a atenção de ninguém. Não havia mais ninguém para me corrigir quando fazia algo errado ou fechar sua expressão facial quando tinha atitudes infantis à não ser a Bianca, mas ninguém me mandava parar de forma que não me magoasse, e eu precisava continuar do jeito que estava, afinal era a única maneira de ser notada –por mais que isso fizesse pessoas rirem de mim, ou se afastarem-. Eu achava que já não dava pra suportar, que estava fraca e já não podia ir adiante, mas era fácil fazer isso ao esquecer que a coisa toda tava errada. Se eu apenas pudesse atirar tudo para o alto! Não podia, e, incidentalmente, não podia desaparecer. Então orei.. e mudei.
Um tempo depois conheci alguém muito diferente dos outros, um rapaz. Ele me olhava e sorria, não importava se eu estava olhando ou não ele sempre olhava e sorria. Um dia enquanto eu cantava pensando que ninguém ouvia, ele me corrigiu com uma voz calma, e demonstrava querer que eu aprendesse com aquilo. E como não acontecia há muito tempo eu incrivelmente não me senti mal com aquilo.
Desse dia em diante foi sempre assim. Era estranho porque eu não precisava fazer nada pra ele me notar, ele sempre estava olhando e sorrindo por mais que eu estivesse caindo, cantando ou mexendo no computador da igreja. Ele estranhamente me dava vontade de viver pelo menos mais um dia pra vê-lo novamente, o fato de vê-lo alegrava o dia não muito feliz, me fazia dar gargalhadas sem saber porque, me fez voltar a escrever em um diário. Cheguei a pensar que ele não existia, por um momento acreditei que era mais um fruto da minha fértil imaginação. Era tão calmo, o melhor é que ele tocava violão e com uma sutileza inexplicável. E era lindo! Eu não sabia se devia dizer a ele, mas meu coração se acalmava perto dele; Quando ele não estava, eu sentia sua falta, e estranhamente passava o dia inteiro pensando na última vez em que o vi; Quando não o conhecia direito eu não ia com sua cara, não lhe dava importância nem nunca havia olhado em seus olhos e digamos que ele não era bem o meu tipo. Essa mudança rápida de opinião se deu a maneira com que percebi que ele me tratava, me olhava, e ao seu verdadeiro jeito de ser. Eu superei minhas idiossinCrasias, e aprendi a apreciar suas qualidades por si mesmas, e não simplesmente as qualidades temperadas e servidas para agradar apenas ao meu paladar.
Eu talvez não tivesse percebido ainda, mas de fato estava amando!

Um dia repentinamente ele me fez uma pergunta inesperada, curta e objetiva. Essa, a que toda menina espera ser questionada; Essa que vem depois de juras de amor. Essa que dizem fazer tremer e acelerar o coração, quando se sente algo pelo garoto. Ele disse que nunca havia se importado com alguém tão rápido quanto comigo, me achava diferente de tudo que ele já tinha visto, chegou até a dizer que meu sorriso era contagiante e que queria passar o resto da sua vida comigo e esse era um sentimento que ele nunca havia sentido por ninguém. Por um minuto inteiro fiquei sem ação –eu sei, parece pouco mas não foi-, ao contrário do que dizem senti meu coração bater mais devagar como o badalar do relógio no alto de uma torre; Não tremi, pelo contrário -novamente- fiquei totalmente paralisada. Em meio há esse minuto, tive quase certeza de que, ou ele realmente era fruto da minha fértil imaginação, ou eu estava sonhando e morrendo. Coloquei as mãos sobre o rosto, abri e fechei os olhos rapidamente e a pergunta ainda estava no ar e ele... Bem, ele era real.

Passaram-se 4 meses não é? E novamente eu sei que parece pouco, mas nesse pouco tempo, aprendi com você que realmente posso suportar...que realmente sou forte, e que posso ir muito mais longe depois de pensar que não posso mais. E que realmente a vida têm valor e eu tenho valor diante da vida. Que amar não é o suficiente, que é preciso notar, confiar, cuidar, preocupar-se, respeitar, entender, sorrir, tolerar e esperar.
Você me deu a oportunidade de vencer barreiras que eu nunca nem imaginei poder enfrentar, me ajudou a superar medos tão simples, antes por mim considerados imensos. É, parabéns você me fez perceber que monstros de 7 cabeças não existem! Obrigada por isso, e por dizer que eu sou o seu presente.
Obrigada por um dia me dizer: Eu te amo! E por aparecer na minha vida.

~*~
Eu pensava: Ah, se ele soubesse; Se pelo menos passasse por sua cabeça... mas se houvesse uma maneira de ele saber ... Mas é impossível, existem certas coisas que por mais que eu fale, e fale não vou conseguir explicar, talvez isso seja um problema meu... ou o que sinto seja grande demais;

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SABE...


Quando te bate uma alegria, uma vontade de ser você mesma pra tooodo mundo ver, uma leve impressão de que tudo esta bem e os problemas foram embora? Sei que é algo bem.. 'nostalgico' digamos assim, mas é o que estou sentiindo de uns dias para ca! O calor é bom, o frio melhor ainda, assaltos me fazem rir e abraços me fazem chorar.. não sei ao certo o que é isso, só sei que espero que dure por muito tempo; Gostar de tudo, relevar coisas ruins, sorrir sempre, gritar, pular, ter vergonha e escondê-la para 'tornar espontâneo', não ligar para um quase atropelamento, rir de caras feias e malvadas, ignorar comentários indesejáveis, gargalhar alto pra que todos ouçam, pedir perdão e perdoar, voltar amizades antigas, e abraçar quem amamos, cantar na rua e dançar na chuva... esse tipo de coisa faz bem as veses!